Nossa "prosa".

sábado, 3 de março de 2012

 
  Como é gostoso quando teu cheiro fica em minha pele, me levando a recordar de nossos momentos, e fazendo com que um sorriso brote em meu rosto. Lembro de seus olhares repletos de ternura, de seus sorrisos sinceros, do teu coração precipitado. Lembro dos teus braços fortes que me aquietam, dos teus carinhos que me confortam, dos teus beijos que me envolvem. Me fizeste conhecer um ser que nunca imaginei que fizesse parte do mosaico de tua alma. Apareceste no momento exato, sem que eu aguardasse ou previsse. Como se houvesse caído de um asteroide. Um asteroide abençoado, apesar de todos os pesares. Você foi o porto em que eu necessitava atracar. O abraço que eu carecia para descansar. O agente imunizador que impediu que as dores chegassem. Você foi um presente! Tão parecidos, e tão opostos... Que peça que a vida me pregou! Ela, como sempre, com seus mistérios e suas surpresas. Pagamos para ver, e estamos aqui, caminhando como podemos, com nossos acertos e falhas, sem esperanças ou ilusões. Até quando? Esse é outro mistério, e não tenho feito esforço algum para desvenda-lo. Que o presente nos baste. E que, de nossa prosa sem ritmo, sem rimas e contagens, consigamos eternizar uma bela poesia!

"Ele apareceu tão de repente na sua vida
com aquele brilho manso no olhar, com aquela meiguice na voz,
sem pedir coisa alguma,
meio como um Pequeno Príncipe caído de um asteroide."
(Rubem Alves)