Centenário Vinícius de Moraes

sábado, 19 de outubro de 2013




100 anos...
100 anos é pouco para conter tua história,
33 anos é muito para essa saudade toda que sentimos!
Cadê meu poetinha?
Ah, quanta falta você faz Vininha...
Burguês, boêmio, sem limites, dirão uns;
Poeta, gênio, eterno, dirão outros.
Diplomata, dramaturgo, jornalista, compositor...
Homem do mundo, devoto da liberdade...
Se tornou cada vez mais nosso.
Do Brasil, da mistura, da heterogeneidade.
De tantos amores, intensos, consumidores...
Eternos até enquanto duraram.
9 amores, cada qual do seu jeito,
Lindamente retratados nas mais belas palavras que o sentimento já habitou.
- Se eu fosse um poema, gostaria de ser fruto desse coração! -
Mais do que letras, conhecia a música das palavras.
E que músicas...
Há 55 anos, rimamos peixinhos com beijinhos da maneira mais leve e doce que existe.
Vinícius da bossa, do morro, da beleza...
Das diversas línguas.
Dominou uma: a do coração.
Como nos tocou, como nos toca.
Somos todos reféns do sentimento nato que transcende as palavras.
Partiste cedo, de repente, não mais que de repente.
Deixaste-nos todos meio órfãos.
O copo de whisky esperando sobre a mesa.
O papel esperando a doçura de tua poesia.
Melodias esperando tuas letras para serem...
Serem o que?
Nem Tom Jobim conseguia definir.
- Todos morremos um pouco com ele sobre aquele piano. -
Fostes, és, e serás sempre.
Eternidade é o que te cabe,
Porque nada é capaz de te mensurar,
E todo tempo é pouco para o deleite em tua poesia.
Feliz 100 anos ao, segundo Tom,
Poliedro cujo número de faces tende para o infinito,
e que se chama Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes!

Ps: Perdoa essa homenagem improvisada, poetinha, assim como perdoaste a de Francisco,
Possuo a mesma aspiração de conhecer mais gente assim como você.
Ah... Que maravilha seria viver!