Abençoadas surpresas do caminho...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

  



  Como disse Ana Jácomo: "Abençoadas sejam as surpresas risonhas do caminho”... Abençoadas realmente sejam!
  Benditas sejam essas lindas surpresas que nos fazem ver que há lugares onde podemos aliviar nossos fardos, lugares onde podemos ser nós mesmos.
  Benditas surpresas que nos fazem esquecer as dificuldades, e nos deixam leves, como plumas. Que conseguem fazer surgir um doce sorriso em meio as mais salgadas lágrimas. Que nos fazem crer que o sol está ali, mesmo que as pesadas e escuras nuvens o encubram.
  Benditas surpresas que nos fazem dançar sobre os pontiagudos pregos da dor. Que acolhem em seus braços, nossos corpos tão fadigados.
  Benditas surpresas que seguram nossa mão, e nos ajudam a caminhar. Que nos ajudam a limpar a bagunça e fazer a reforma. Que, quando já não temos mais forças, nos levam em seu colo para que, apesar de tudo, continuemos a caminhada.
  Benditas surpresas que fazem os sonhos renascerem no árido solo do desânimo. Que nos fazem crer na força da fé, na esperança, na alegria, na revolução do amor... Que nos fazem sempre acreditar na vida, afinal, mesmo que seja em “preto-e-branco”, ela é o mais lindo espetáculo que existe!

"Abençoadas sejam as dádivas generosas que nos surpreendem. 
Elas não sabem o quanto às vezes, tantas vezes, nos salvam de nós mesmos."
(Ana Jácomo)


Entre aspas...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011



  “ Tomara que a neblina das circunstâncias mais doídas não seja capaz de encobrir por muito tempo o nosso sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer para ver também um bocadinho de céu.
  Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem da confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor.

  Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de busca a ideia da alegria.
  Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão da felicidade.
  Tomara. “


(Ana Jácomo)

Quando as forças estão partindo...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

  


     Eu já nem sei se ainda vale a pena seguir. Se vale a pena continuar tentando, lutando contra todos os contras. Quantas vezes já dei conselhos de persistência, de força. Quantas vezes estimulei meus amigos a lutar até a última gota, até o último segundo da batalha. Mas agora aqui estou eu, no meio da encruzilhada, sem saber se sigo essa estrada, ou se parto para outra.
  Minhas emoções estão mais do que confusas, meus pensamentos não se aliam ás órbitas do meu cérebro. Minhas idéias estão á mil por hora. Eu já não sei mais o que fazer. Queria lutar até o fim, até a última gota, mas as forças já estão indo embora.
  Estou como uma represa pronta para jorrar, mas ainda não sei se é isso mesmo que desejo. Talvez tudo melhore, talvez a solução seja abandonar... talvez a distância abra os olhos, e possa ser a melhor conselheira. 

"Estou tão assustada,
que só poderei aceitar que me perdi
se imaginar que alguém me está dando a mão."
(Clarice Lispector)