Estrela...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010




“ Não esqueça que sou e sempre serei a sua estrela, eu estarei sempre olhando por você. Quando olhar para o céu e ver a estrela mais brilhante, lembre-se de mim, e aguarde a minha volta. Eu retornarei, porque eu te amo! “
  Após dizer isso, você beijou meus lábios e partiu.
 Por que disseste isso? Sempre que olho para o céu, lembro de você, dos nossos [maravilhosos] momentos. Lembro-me do seu sorriso, seu olhar, seu perfume. Junto também vem a saudade, que oprime meu coração até que ele não mais suporte a dor, e ela transborde pelos meus olhos.
 Já não suporto isso, eu queria ter você aqui bem perto, poder te tocar. Já não aguento mais esperar por seu retorno. Eu gostava mais da estrela quando eu a olhava e fazia um simples desejo, sem a menor esperança que ele se tornasse real.



"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. (...)
Tu porém, terás estrelas como ninguém...
Quero dizer: quando olhares o céu de noite
(porque habitarei uma delas e estarei rindo),
então será como se todas as estrelas te rissem!
E tu terás estrelas que sabem sorrir!
Assim, tu se sentirás contente por me teres conhecido"
(Antoine de Saint-Exupéry)

Entre aspas...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010





Telha de Vidro

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha... Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...
A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...
Agora, o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos vermelhos,
que — coitados — tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.
Que linda camarinha! Era tão feia!
— Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta, fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!

Rachel de Queiroz 

*Em homenagem ao centenário desta ilustre escritora. 



Entre aspas...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010


I

Acredita em anjo? Pois é, sou o seu!
Soube que anda triste, que sente falta de alguém, 
Que não quer amar ninguém. 
Por isso estou aqui, vim cuidar de você, 
Te proteger, te fazer sorrir,
Te entender, te ouvir,
E quando tiver cansada,
Cantar pra você dormir.
Te colocar sobre as minhas asas,
Te apresentar as estrelas do meu céu,
Passar em Saturno e roubar o seu mais lindo anel.
Vou secar qualquer lágrima que ousar cair,
Vou desviar todo mal do seu pensamento,
Vou estar contigo a todo momento,
Sem que você me veja,
Vou fazer tudo que você deseja.
Mas, de repente você me beija,
O coração dispara e a consciência sente dor,
E eu descubro que além de anjo,
Eu posso ser seu amor.

II

Hoje eu acordei mais cedo e fiquei te olhando dormir,
Imaginei algum suposto medo para que tão logo pudesse te cobrir.
Tenho cuidado de você todo esse tempo,
Você está sobre meu abraço e minha proteção.
Tenho visto você errar e crescer, amar e voar,
Você saberia onde pousar!
Ao acordar já terei partido,
Ficarei de longe escondido,
Mas sempre perto, de certo, 
Como se fosse humano, vivo,
Vivendo pra te cuidar, te proteger,  
Sem você me ver, sem saber quem sou,
Se sou anjo, ou se sou seu amor!


III

Afinal, quem eu sou? Seu anjo, ou seu amor?
Tenho asas?
Anjos aparecem invisíveis.
Humanos também, quando amam.
Quero dizer que já não importa mais saber de onde eu venho,
Se tudo que sou pra você é amor.
E se ainda assim, quiser voar,
Te levo comigo, te mostro as estrelas,
Outros alados, Deus, a vida celeste.
E depois voltamos pra nossa casa,
Até nos amarmos, até morrermos,
Para dizer que é seu o anel.
Sou seu amor na terra,
E seu anjo no céu.


Saulo Fernandes. conheça o autor!

Venha...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

 

Você não precisa fingir para mim.
Eu sei que cada célula do seu corpo clama pelo meu,
Que ao se aproximar de mim, seu coração acelera,
e chega quase a abrir um buraco em seu peito.
 Não tente fingir, não fuja, não corra!
Chegue mais perto, sinta o meu perfume,
Me faça carinho, beije-me os lábios.
Diga-me ao pé do ouvido o que sente.
Permita-me sentir a sua pulsação (super) agitada...
Eu preciso disso!
Eu preciso te sentir perto...
Venha!
Não vai ser preciso arrombar a porta,
mesmo após tanto tempo, ela continua aberta para você...
Eu continuo a te amar, e eu sei que não sinto sozinha.
Me tome em seus braços, sem medo.
Venha, diga que me ama,
antes que seja tarde demais...



"Chegue bem perto de mim. 
Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. 
Ou não diga nada, mas chegue mais perto. 
Não seja idiota, não deixe isso se perder, 
virar poeira, virar nada..."
Caio F. Abreu