Aperte o play!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010



RECOMEÇE!
Esqueça toda a dor que sentiu.
Esqueça quem te fez sofrer.
Desista de tentar convencer a si mesma que ele lhe amou,
Por tudo o que ele fez, não merece estar ao seu lado.
Pare de pensar nele,
Ocupe suas cabeça com outras coisas.
Esqueça a história que “não se manda no coração”,
Você pode não escolher por quem vai se apaixonar,
Mas pode decidir muito bem se vale a pena,
E se irá alimentar esse sentimento.
Lembre-se: Você é o autor da sua história,
E não um ator contratado, que deixa as emoções o consumirem.
Você é BEM MAIS do que lhe fizeram acreditar!
Você tem as cartas na mão,
 Basta somente saber usá-las.
Não tenha medo,
OUSE!
APERTE O PLAY,
E seja novamente feliz!




"Recria tua vida, sempre, sempre. 
Remove pedras, e planta roseiras, e faz doces. 
Recomeça!"
(Cora Coralina.)



Pense nisso!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010



“Quanto de você, você é capaz de dar ao outro sem esperar NADA em troca?“

  Essa é uma pergunta, no mínimo, intrigante! Quantas vezes você parou para pensar nisso?
  Pouca, pouca mesmo, é a porcentagem que somos capazes de doar. È triste, mas é a realidade. Fomos criados em uma sociedade egoísta, vivemos em um mundo onde é “cada um por si, e Deus por todos”, como se nosso umbigo fosse o centro do Universo.
  O que temos feito pela criança que passa fome? Pelo pai de família que, por falta de condições, não estudou e não consegue emprego? Pelos desabrigados? Pelos pobres? Temos, ao menos, ajudado um idoso a atravessar a rua? Ou ajudado uma pessoa normal a simplesmente recolher algum objeto que caiu no chão? Cada um de nós vive, mesmo sem querer, imerso em sua própria arrogância, nem todos nas mesmas proporções, mas, infelizmente, desse mal, não temos conseguido fugir!
  Até quando a arrogância, o egoísmo e o interesse vão dominar?
  Até quando continuaremos sendo seres mesquinhos?
  Não é impossível, é só questão de interesse. Não é preciso doar todas as suas roupas, todo o seu salário, ou não trabalhar para dedicar-se somente a atividades voluntárias. Sabe aquela peça de roupa que está a séculos no fundo da gaveta? Doe! Para algumas pessoas essa simples peça fará uma enorme diferença. E aqueles R$ 10,00 que gastamos com coisas fúteis? Podemos guardar e doar a uma instituição. É pouco? Mas se muitas pessoas fizerem isso, a diferença será feita!
  PENSE NISSO!
  É sempre tempo de ajudar, a generosidade NUNCA sai de moda! 

Entre aspas...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010



  Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa, e a hipocrisia, que é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença! que desabafo! que liberdade! Como a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso as lantejoulas, despregar-se, despintar-se, desafeitar-se, confessar lisamente o que foi e o que deixou de ser! Porque, em suma, já não há vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos; NÃO HÁ platéia. 

MACHADO DE ASSIS


Para sempre? Não mais!

terça-feira, 17 de agosto de 2010




Hoje, mais uma vez, lhe esperei!
Preparei seu prato predileto.
Comprei o melhor vinho.
Fiz a mesa com minhas melhores louças,
E pus, no centro, um solitário com uma rosa branca,
[Quando jantávamos juntos você não abria mão disso].
Vesti o vestido vermelho que você me deu,
Aquele que disseste que só poderia usar para te ver.
Pus o perfume que adoras,
E fiquei a lhe aguardar, próximo a janela.
A lua já brilhava a muito tempo no céu e,
de você, não havia nenhum sinal.
 [mais uma vez] Você não veio!
Ainda alimentava esperanças,
Mas a última gota da torneira acabou de cair,
E a pia transbordou.
Não posso, E NÃO QUERO, mais viver de ilusões.
Te amo demais,
Mas vi que esperar por você é algo que não vale a pena.
CANSEI de molhar tantos vestidos com minhas lágrimas.
Não percebeste a intensidade do amor que lhe destinei!
Nos completa[va]mos como duas partes de um todo,
E, pelo visto, isso também você não percebeu.
Mas eu sei que um dia verás o que perdeu,
E desejarás voltar.
E eu ?!
Já estarei com outros planos,
Você será somente uma simples [e triste] lembrança.
Só aí irás perceber como dói ser rejeitado.
E eu já não me importarei mais com as feridas que poderão abrir em seu coração.
Pois o tempo passou,
E a decisão foi somente SUA.



"Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre, sem saber, 
Que o pra sempre, sempre acaba... "
(Por Enquanto - Cássia Eller)




Entre aspas...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010



    Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também. Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por NÓS vale a pena.

Remar.
RE-AMAR.
Amar. 

Caio F. Abreu.

Reviravolta.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010





O tempo passou e, junto com ele,
Se foi aquela garota ingênua,
Que vivia das migalhas de amor que caíam da mesa.
Por muitas vezes estive em meio ao deserto,
E quando olhei para o lado não vi ninguém.
Mas eu cansei!
Cansei de sofrer, de correr atrás das pessoas.
Sangrei muito,
Mas foram essas gotas de sangue que me tornaram forte.
Foi doloroso, mas se não fosse o sofrimento,
Não seria quem sou hoje.
Agradeço a Deus por ter me dado esse coração forte,
Que nunca desistiu de pulsar,
Mesmo em meio as maiores dificuldades.

E hoje estou aqui, RENOVADA.

Atravessei o deserto com garra, e SOBREVIVI!
Continuo guerreira, continuo na luta.
Vou passando por cima dos obstáculos,
e seguindo meu caminho,
lutando com unhas e dentes pelo o que desejo.
Podem me chamar de louca,
mas, para mim, louco é quem não arrisca,
e não luta pelo o que deseja,
vivendo somente ao "Deus dará".
Não abro mão dos meus planos por NINGUÉM.
Por muitas vezes estive só,
Mas é na solidão onde crio forças,
onde recobro a coragem.
E quando me pego caminhando em meio ao deserto,
encontro pedaços de pessoas,
pedaços de mim mesma,
que acabei deixando pelo caminho.



Now here I stand, I'm still just that girl
I'm following my heart in this amazing, crazy world! ♫
(Suddenly - Ashley Tisdale )


Reconciliação.

sábado, 7 de agosto de 2010


  

  Após aquele dia em que ele a deixara sozinha no quarto, não mais o vira. Ainda tentando acordar, o procurara no outro lado da cama, e para sua surpresa, haviam somente lençóis amassados, o único sinal de que ele esteve ali.
  Mesmo após tantos meses, os lençóis insistiam em exalar o cheiro do seu corpo. Mesmo após tanto tempo, não conseguira esquecê-lo, a saudade ainda ardia enlouquecidamente em seu peito. Tudo ali a fazia lembrar dos momentos que passaram. Só isso mesmo lhe restara: as lembranças.  Doía, doía muito, mas ela não conseguia abrir mão do que sentia. Na verdade, não queria abrir mão de nada, ainda se agarrava à esperança de que ele voltaria e a tomaria em seus braços.
  Sem pensar muito, discou seu número...
caixa postal! Ele ainda a evitava, e isso fazia seu coração doer. As lágrimas corriam desenfreadamente por seu rosto. Não aguentava mais tudo isso.
  Derrepente a campainha tocou. Um homem lhe entregara um buquê de lírios, suas flores favoritas. Quem poderia ter mandado? A única pessoa que sabia dessa particularidade era o mesmo que acabara de recusar sua ligação. Seria possível? Abriu o cartão que simplesmente dizia “ me espere.” Qual o sentido de tudo aquilo? As ideias misturavam-se dentro de sua cabeça.
  A campainha tocou mais uma vez. Era ele. Ele estava ali, pronto para amá-la com todo coração e alma. E ela estava pronta para ser amada.


" O amor nos toma, mesmo antes de abrirmos a porta e percebermos sua entrada. 
Convém não deixá-lo ir embora, convém deixá-lo entrar. "
Fabricio Carpinejar.


 

Entre aspas...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010



Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura, essa intimidade perfeita com o silêncio.
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo, " - Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido... "

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo, essa mão que tateia antes de ter,
Esse medo de ferir tocando, essa forte mão de homem,
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos, essa inércia cada vez maior diante do Infinito,
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível, essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento da matéria em repouso,
Essa angústia da simultaneidade do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio numa catedral em ruínas,

Essa tristeza diante do cotidiano; ou essa súbita alegria,
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza, 

Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido,
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa piedade de si mesmo e de sua força inútil.

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado de pequenos absurdos, 
essa capacidade de rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza de quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir,
Essa contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de SONHAR, de transfigurar a realidade,
Dentro dessa incapacidade de aceitá-la tal como é, e essa visão ampla dos acontecimentos,
E essa impressionante, e desnecessária, presciência, e essa memória anterior de mundos inexistentes,
E esse heroísmo estático, e essa pequenina luz indecifrável,
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos, de refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória.
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade de não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade pelo momento a vir,
Quando, apressada, ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante,
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto,
Esse eterno levantar-se depois de cada queda,
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha,
Essa terrível coragem diante do grande medo,
E esse medo infantil de ter pequenas coragens.



Vinicius de Moraes.