Loneliness!

sexta-feira, 28 de maio de 2010




  Era madrugada fria. Ela estava em sua sala. Tentava, em vão, fazer com que sua dor se afogasse no uísque ou com que fosse embora juntamente com a fumaça do cigarro, que repousava entre seus dedos. Observava a lua que, como ela, estava solitária. Será que também aguardava seu grande amor? Passara alguns minutos observando aquela que, naquela noite, era sua única amiga.

  Derrepente vi um vulto. Seria ele? Desceu as escadas correndo. Em alguns segundos se encontrava na rua escura. Andou apressadamente. Olhava para todos os lados em busca de algum sinal de vida, que não fosse daqueles bichos que escolhiam esse horário para saírem de suas tocas. Correu, correu, correu, na vã tentativa de encontrar o seu amado. Não o achou, na verdade não vira ninguém. Sua esperança chegara ao fim.

  Ele não estava ali. Nunca esteve. Fora apenas uma ilusão de sua cabeça tão cansada. Chorou como se fosse o fim de sua vida. Sentou-se na calçada suja. E ficou ali. Ela, as estrelas, a lua. E as suas lágrimas, que teimavam em cair, que secavam sobre o chão, e que, naquele momento, se tornavam gotas de esperança!

2 comentários:

Moni Saraiva disse...

O que me encanta é que mesmo com a atmosfera de dor, de saudade, que envolve as tantas histórias, há sempre um fôlego no final, aquele certeza de que vc resiste, que você EXISTE e que ainda há muito pela frente...

Isso dá cara à tua literatura. Por mais que haja sofrimento, ela não se esvai nele. Ela olha pra frente. E isso é lindo!

Beijo, beijo!

Sara Kellyne. disse...

Assim a vida, mesmo que haja momentos de intensa dor, há sempre uma luz, há a certeza que coisas melhores virão, pois o sol SEMPRE surge após a chuva. E pra que motivo melhor para erguer a cabeça e seguir ?!

Essa é a minha cara, a minha alma, o que automaticamente reflete em tudo que escrevo.

Obrigada meu amor! :*