O amor não é justo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

  

  Na rua escura junto à esquina, um grupo de pessoas parecia estar aguardando alguma coisa. Logo os faróis de um carro, que se deslocava vagarosamente, romperam a escuridão. As luzes atraíram a atenção de uma garota do grupo, que teve a impressão de já conhecer aquele carro. Mas de onde?
  O veículo parou na esquina e, após desligá-lo, um belo rapaz desceu. Era ele! Seu ex-namorado loiro, forte e lindo. Borboletas agitaram-se em seu estômago no momento em que ele a cumprimentou. Seu desejo era fugir dali, e faria isso se aquele sorriso não possuísse tamanho poder hipnótico sobre ela. Tentou responder mas a voz, embargada na garganta, não saiu. Após juntar algumas forças, deu as costas e saiu, ignorando uma voz que pedia para que ficasse.
  Ao chegar em casa, afundou-se em sua cama e começou a chorar compulsivamente. Um ano já passara, mas aquele garoto idiota continua vivo em seu coração, e somente nesse momento ela percebera isso. Não é justo! O amor não é justo. A garota continuou a chorar até adormecer. Mal sabia ela que o pior ainda estava para acontecer...


"Quando ele sorri desarmado, 
limitado e impotente, 
para todas as minhas dúvidas, 
inconstâncias e chatices, 
eu sei que é daquele sorriso que minha alma precisava."
(Tati Bernardi)

2 comentários:

Moni Saraiva disse...

O mundo não é justo. E o amor, parte dele, parte de nós, não é diferente.

Ruim? Talvez.
Mas é bom também.
Esse desequilíbrio nos move, nos faz correr atrás das borboletas, que por mais alto que voem, encontram sempre abrigo dentro de nós.

Ganhou dez porque não há nota maior.
E eu te digo: é o MELHOR que ainda está pra acontecer!

Beijo, minha linda!
Parabéns sempre pela escrita.

Unknown disse...

Hexa vem