Tarde demais.

sábado, 18 de setembro de 2010



Pálida e triste,
Embalada pela tristeza sem fim que insistia em oprimi-la ,
Ela dormia a sonhar com seu amado.
Que lástima!
Ele se fora,
A abandonara,
Sem dar a mínima satisfação.
Já fizera promessas para todos os possíveis santos,
Mas nada resolvera.
Compartilharam muito amor,
Como nenhum outro casal fora capaz,
Mas deixaram a torneira que os servia aberta.
 O amor foi se esvaindo,
Gota a gota,
E ela não fora capaz de ouvir.
Já não tinha motivos para viver.
Resolveu dar fim à sua existência,
E agora,
Na transição entre a vida e a morte,
Só conseguia ver o seu coração partido,
E ouvir uma triste voz,
Que clamava para que retornasse.
Tarde demais...


" Me anulei, dei todo o amor que alguém pode dar,
gastei todos os meus sentimentos,  me esvaziei...
e morrí alí... lutando por seu amor... "
(Vilma Galvão)



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