Um novo ano!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

  

  Os fogos anunciaram um novo ano. Um novo ciclo começa! Sonhos, amores, sorrisos, lágrimas, vitórias, conquistas, aprendizagens... Um novo ano para viver tudo isso, e fazer com que, cada coisa, valha á pena!
  Que 2012 seja tudo o que 2011 não foi! Que ele traga surpresas, para que eu siga me encantando com a vida. Que ele traga forças, para que eu enfrente a caminhada, até o fim. Que ele traga suas agruras, para que eu não pare de crescer. Que traga amores, de todos os tipos, para adocicar os caminhos. Que traga fé, para que haja para onde correr na hora da dor, e para quem agradecer quando as bonanças chegarem. Que traga paz de espírito, para que as cargas não pesem tanto. Que traga esperança, para que, quando as coisas ficarem difíceis, eu consiga acreditar, seguir em frente, ultrapassar as barreiras, e fazer a vida do meu jeito. Que traga saúde, para que eu aproveite tudo, da melhor maneira. Que traga sabedoria, para que eu opte pelos caminhos corretos. E traga alegria, para que tudo valha a pena! 
  2012 chegou com grande euforia! Que esse peito que, durante o estourar dos fogos, ficou encharcado de alegria, esperança e forças, permaneça assim durante os 364 dias que virão, e que nada me faça retroceder. Esse é o ano da minha vida... e algo me diz que ele será repleto de conquistas! 


"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, 
a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. 
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. 
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. 
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, 
com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante, vai ser diferente."
(Carlos Drummond de Andrade)


Entre aspas...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

  

  Fico pensando que nem sempre sabemos recolher só encanto... Por vezes, insistimos em capturar o encantador, e então o matamos de tristeza. Amar talvez seja isso: Ficar ao lado, mas sem possuir. Viver também. Precisamos descobrir, que há um encanto nosso de cada dia que só poderá ser descoberto, à medida em que nos empenharmos em não reter a vida.Viver é exercício de desprendimento. É aventura de deixar que o tempo leve o que é dele, e que fique só o necessário para continuarmos as novas descobertas. Há uma beleza escondida nas passagens... Vida antiga que se desdobra em novidades. Coisas velhas que se revestem de frescor. Basta que retiremos os obstáculos da passagem. Deixar a vida seguir. Não há tristeza que mereça ser eterna. Nem felicidade. Talvez seja por isso que o verbo dividir nos ajude tanto no momento em que precisamos entender o sentimento da tristeza e da alegria. Eles só são suportáveis à medida em que os dividimos... E enquanto dividimos, eles passam, assim como tudo precisa passar. Não se prenda ao acontecimento que agora parece ser definitivo. O tempo está passando... Uma redenção está sendo nutrida nessa hora...
Abra os olhos. Há encantos escondidos por toda parte. Presta atenção. São miúdos, mas constantes. Olhe para a janela de sua vida e perceba o pássaro encantado na sua história. Escute o que ele canta, mas não caia na tentação de querê-lo o tempo todo só pra você. Ele só é encantado porque você não o possui. E nisto consiste a beleza desse instante: o tempo está passando, mas o encanto que você pode recolher será o suficiente para esperar até amanhã, quando o passaro encantado, quando você menos imaginar, voltar a pousar na sua janela.


Padre Fábio de Melo

91 anos de Clarice!

sábado, 10 de dezembro de 2011




Você me encantou desde o primeiro trecho seu que li, há alguns anos atrás, foi ele “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento“. Foi como se você tivesse lido o que pulsava em meu peito ali, naquele instante, e é isso que você tem feito, até hoje, com cada frase, cada texto descoberto, que revela faces minhas, desejos, ânsias... Foi lendo você que consegui “dar asas” ao que sentia, foi quem me inspirou a escrever, e foi quem me ajudou, e vem me ajudando, a descobrir quem sou verdadeiramente, que traz á tona faces desconhecidas minhas. Quantas vezes eu não sabia exprimir o que sentia, e foi na sua escrita que encontrei o que procurava dizer? Diversas. Incontáveis. Você me ensinou que, apesar de tudo, temos que aceitar quem somos, afinal, no fim, só podemos contar com nós mesmos. Você me ensinou a respeitar minha fraqueza, para que depois eu levantasse forte, como um cavalo novo. Você me ensinou a desencanar, a deixar o barco correr, pois as coisas sempre se arranjam. Você me ensinou que o tempo é curto, que a felicidade é a coisa mais importante, e constitui uma grande responsabilidade. Você me ensinou que a coisa mais grandiosa da vida é lançar-me. Você me ensinou que a desistência não é sinal de fraqueza, e sim de respeito por mim mesma. Você me ensinou que a vida é maravilhosa! Você revelou minha profundeza, minha loucura, minha força, minha inconstância, meus pólos, minha inquietação, minha “incompletude”, minha luz, e a minha falta de encaixe, que acaba me encaixando em diversos lugares diferentes. Nós entendemos. Alguns acham que sou louca, por me espelhar em você, por admirá-la, mas quem não te ama, é porque não te entende Clarice. Para enxergar o que tuas palavras querem exprimir, é necessário, primeiramente, sentir teu eu, tua alma, essa luz clariceana que irradia, com toda essa áurea de mistério, que ultrapassou a “casca”, que parecia intocável, justamente por estares acima de todos, por conservar teu mistério, teu encanto. Você nos fascinou, apenas, como disse Drummond, e partiu no seu mistério. Conheci-te anos depois de tua matéria ter partido desse mundo, mas tua alma permanece aqui, na vida de todos os “clariceanos”, e serás imortal, afinal, não há outra coisa que possas ser. Parabéns Clarice!

Pode não ser o que parece!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

  

  Nem sempre são os sentimentos que mudam, ás vezes, a única coisa que muda é a forma de agir com tudo o que aconteceu. Quando a pessoa se torna grossa não significa que ela não mais se importa, pode ser que ela tenha apenas cansado de apanhar, e tenha começado a bater. Quando ela abre mão de algo, não significa que ela já não sinta, pode ser apenas que os espinhos da flor que ela segurou com tanto afinco, tenham machucado tanto a sua mão, que ela já não tenha mais suportado mantê-la fechada. Quando ela o manda embora, não significa que ela não queira mais, pode ser apenas que ela tenha cansado de sentir o corpo perto e alma tão longe, que ela optou por perder os dois. Quando ela não mais lê as cartas que você escreveu, não significa que ela queira apagar aquilo de sua vida, pode ser apenas que ela já não mais suporte tocar e não sentir, e prefere permitir que tudo fique guardado em uma caixa, trancada á sete chaves. Quando ela já não mais o procura, não significa que ela já não se importe, pode ser apenas que o amor-próprio tenha chegado, e ela, numa decisão sábia, possa ter escolhido presar por ela, já que ela lhe dedicava todo cuidado do mundo, e não recebia cuidado nenhum, e, acredite, ela precisava bem mais. Quando ela já não mais se deixa levar por suas palavras doces, não significa que ela não quer mais seguir a estrada com você, pode ser apenas que ela tenha cortado as asas, para que não houvesse como ela tirar os pés do chão, flutuar com a ilusão, e levar um grande tombo. Quando ela não mais permite que você a toque, não significa que ela não mais o deseje, pode ser apenas que ela não suporte que você toque em suas cicatrizes, que, acredite, custaram muito tempo e muita dor, para que, enfim, as feridas sarassem.
  Se quiser de volta, você terá que quebrar o invólucro no qual ela se escondeu, terá que mostrar que por vocês vale a pena. Mas, por favor, não faça isso sem que seja realmente verdade, você não sabe as tortuosas estradas que ela teve que atravessar, e ela não merece passar por tudo novamente. Não esqueça... Pode ser que seu tempo não tenha se esgotado, talvez ela esteja apenas cansada de viver essa história... Que nunca muda! 

"E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora
que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém...
é simples... 
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados,
arrancados do seu peito,
e somente com um grande amor ela terá um novo coração,
afinal de contas, corações são para serem divididos.."
(Luís Fernando Veríssimo)

Saudade...

domingo, 23 de outubro de 2011




Noite fria, corpo quente ...
Coração oprimido...

Isso tem um nome: Saudade!
A triste e opressora que faz visita, quando em vez,
Sem convites, sem permissão.
Arromba a porta, e faz morada.
Traz consigo lembranças...
A voz, o cheiro, o beijo...
E as palavras sussurradas no encostar dos lábios.
A gigante vontade de encaixar-me na anatomia perfeita dos braços teus,
E descansar,
Em minha fortaleza, e abrigo!
Não há como explicar,
Só quem sente sabe quão amargo é o desespero de querer o amado perto,
Quando este está separado pelas tristes estradas da vida,
Pelo orgulho, ou pelo medo...
Seja lá o que for...
Não importa,
Só sabe-se que dói...
Dói sem remédio, e sem cura! 


"Se fosse só sentir saudade,

mas tem sempre algo mais...
seja como for, 
é uma dor que dói no peito...”
(Renato Russo)

15 anos sem Renato Russo!

terça-feira, 11 de outubro de 2011



Obrigado Renato Manfredini Júnior...

Por - pelo menos ter tentado - nos ensinar que é preciso amar como se não houvesse amanhã, e que a felicidade mora aqui, com a gente, até a segunda ordem. Que quando se aprende a amar, o mundo passa a ser nosso. Por nos ensinar que é a verdade que assombra, o descaso que condena e a estupidez que destrói; que disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza, e quando se tem coragem, tem bondade. Por sempre, sempre, falar que não devemos deixar que nos digam que não vale a pena acreditar no sonho que nós temos. Por nos ensinar, também, que se quisermos alguém em quem confiar, devemos confiar em nós mesmos. Por entender nossa carência, nossa procura por alguém que um dia possa nos dizer que quer ficar só conosco. Por nos entender quando dizemos que se o mundo é parecido com o que vemos, preferimos acreditar no mundo do nosso jeito; por insistir que se entregar é uma bobagem e que o vento leva sempre tudo embora. Por nos ensinar que, mesmo que sejamos diferentes, no fundo todos somos iguais. Por nos mostrar que o sol nasce para todos, e que o tempo é aquilo que mais dizemos usar, mas não temos tempo nem para nós mesmos. Mas temos uma chance ainda. (...) Medo? NÃO TEMOS, muito menos do escuro, mas deixe as luzes acesas. E obrigado, por falar, inúmeras vezes, que os sonhos vêm e que os sonhos vão e que o resto é imperfeito. E, acima de tudo, por nos ensinar, sempre, em qualquer frase, de qualquer musica, que quando tudo está perdido, sempre existe uma luz! E nos fazer acreditar que, ao menos uma vez, o mais simples pode ser visto como o mais importante. Por nos ensinar a vencer os obstáculos, afinal, tudo está perdido, mas existem possibilidades. Ah, e que apenas começamos... e o mundo começa agora! Entender, que, quem fala demais quase sempre não tem nada a dizer. E por nos deixar malucos, porque é só você que tem a cura para esse nosso vício de insistir nessa saudade que sentimos de você.

"Nunca chore diante das pessoas que não entendem o significado de suas lágrimas porque amar é uma arte mais nem todo mundo é artista." Renato Russo

Sobre a mudança de estações!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011


  

  As estações mudaram. O outono chegou por aqui. As folhas secas cobrem o chão, e o vento frio, que agora agita meus cabelos, completa o cenário, composto pela monocromia.    É nessa estação que as folhas caem. Estou aqui, parada, olhando para as folhas secas do chão... elas eram as mais verdes da minha árvore! Amigos, amores, desejos... frutos que julguei tão fortes, coisas que foram tão minhas, mas que apodreceram, sem que eu pudesse fazer algo para evitar.
  Para muitos, esse seria um local de dor, sofrimento. Entretanto, tenho aprendido a encontrar beleza nessa estação, afinal, somente nela, descobrimos o que realmente é forte, e se mantém firme na árvore da vida. Somente nela, vemos o que é real e o que foi apenas ilusão. As noites costumam ser mais longas que os dias. As tristezas costumam ser maiores que as alegrias. Mas isso passa! É difícil ter que abrir mão do que gosta, mas é necessário.  
  O outono sempre chega, para nos fazer amadurecer, evoluir. Depois dele o inverno, com a dor mais latejante, com a tristeza de sentir frio, de precisar de afago, e não ter quem tanto ama. Vai ser difícil, não há como esconder. Vai parecer uma eternidade, eu sei, mas, depois vem a primavera, você descobre novas flores, novos aromas, novos amores, e então, volta a sorrir, envolvido pela leveza contagiante da estação.   
  E então, o tão esperado verão, chega! Com o sol irradiando luz e alegria, te fazendo vibrar e festejar. É impossível não ser feliz durante essa estação. Mas não esqueça que, logo após ele, o outono chegará novamente, e você terá que estar preparado para abrir mão.  
   É complicado, mas a vida consiste nesse ciclo de ganhar, ser feliz, ter que dizer ‘adeus’ á algumas coisas, sofrer, e depois ganhar outras, e, novamente, aproveitar a felicidade. Não há como evitar, como ‘pular’ o roteiro, a vida é essa, só nos cabe aceitar toda a sua sabedoria, e agradecê-la por tudo, afinal, á cada evolução, inevitavelmente, coisas ficarão para trás, e , acredite, no final, vai ser bem melhor assim! 


 "Nas ruas de outono os meus passos vão ficar,

e todo abandono que eu sentia vai passar.
As folhas pelo chão, que um dia o vento vai levar,
meus olhos só verão que tudo poderá mudar..."
(Ana Carolina)


Abençoadas surpresas do caminho...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

  



  Como disse Ana Jácomo: "Abençoadas sejam as surpresas risonhas do caminho”... Abençoadas realmente sejam!
  Benditas sejam essas lindas surpresas que nos fazem ver que há lugares onde podemos aliviar nossos fardos, lugares onde podemos ser nós mesmos.
  Benditas surpresas que nos fazem esquecer as dificuldades, e nos deixam leves, como plumas. Que conseguem fazer surgir um doce sorriso em meio as mais salgadas lágrimas. Que nos fazem crer que o sol está ali, mesmo que as pesadas e escuras nuvens o encubram.
  Benditas surpresas que nos fazem dançar sobre os pontiagudos pregos da dor. Que acolhem em seus braços, nossos corpos tão fadigados.
  Benditas surpresas que seguram nossa mão, e nos ajudam a caminhar. Que nos ajudam a limpar a bagunça e fazer a reforma. Que, quando já não temos mais forças, nos levam em seu colo para que, apesar de tudo, continuemos a caminhada.
  Benditas surpresas que fazem os sonhos renascerem no árido solo do desânimo. Que nos fazem crer na força da fé, na esperança, na alegria, na revolução do amor... Que nos fazem sempre acreditar na vida, afinal, mesmo que seja em “preto-e-branco”, ela é o mais lindo espetáculo que existe!

"Abençoadas sejam as dádivas generosas que nos surpreendem. 
Elas não sabem o quanto às vezes, tantas vezes, nos salvam de nós mesmos."
(Ana Jácomo)


Entre aspas...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011



  “ Tomara que a neblina das circunstâncias mais doídas não seja capaz de encobrir por muito tempo o nosso sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer para ver também um bocadinho de céu.
  Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem da confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor.

  Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de busca a ideia da alegria.
  Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão da felicidade.
  Tomara. “


(Ana Jácomo)

Quando as forças estão partindo...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

  


     Eu já nem sei se ainda vale a pena seguir. Se vale a pena continuar tentando, lutando contra todos os contras. Quantas vezes já dei conselhos de persistência, de força. Quantas vezes estimulei meus amigos a lutar até a última gota, até o último segundo da batalha. Mas agora aqui estou eu, no meio da encruzilhada, sem saber se sigo essa estrada, ou se parto para outra.
  Minhas emoções estão mais do que confusas, meus pensamentos não se aliam ás órbitas do meu cérebro. Minhas idéias estão á mil por hora. Eu já não sei mais o que fazer. Queria lutar até o fim, até a última gota, mas as forças já estão indo embora.
  Estou como uma represa pronta para jorrar, mas ainda não sei se é isso mesmo que desejo. Talvez tudo melhore, talvez a solução seja abandonar... talvez a distância abra os olhos, e possa ser a melhor conselheira. 

"Estou tão assustada,
que só poderei aceitar que me perdi
se imaginar que alguém me está dando a mão."
(Clarice Lispector)