Vejo a vida diferente da maioria
das pessoas sabe? Às vezes (muitas), tenho quase certeza que não sou daqui, que
me jogaram no meio dessa sociedade por algum tipo de engano. Por vezes prefiro
me calar e observar. Observar as ações e os agentes. Em meio a tanta superficialidade,
é complicado ser tão intensa. Ficar em um canto com milhares de perguntas e
respostas, nem sempre correspondentes e proporcionais, é um preço a ser pago! Cresci
muito rápido. Me tornei assim ou isso já veio comigo? Sei lá. A vida é mesmo
cheia de mistérios! Só sei que sigo, mesmo de um jeito torto. Não importa.
Trajetória retilínea é muito chato, até mesmo para a física! Não nasci para ser
modelo para a vida de ninguém, já existem diversas pessoas para isso. Nasci
para viver da forma que me agrada, para fazer as escolhas que me satisfazem. Se
amanhã der errado? Eu corrijo, e sigo outro caminho se preciso for. Mudança de
rota é uma das coisas mais interessantes da vida. Sou intensa. Se quero, quero
mesmo e vou atrás. E faço! –Talvez- na mesma medida sou inconstante. Se quero
hoje, nessa noite iluminada, não significa que irei querer amanhã quando o sol
se levantar. Então aproveito até o momento que encerra o prazo de validade.
Quando se vão, vão sem maiores dores! Algumas vezes sou flor, mas em outras
espinho me define bem melhor. Não se assuste, espinhos são métodos de
sobrevivência. Sou feita de extremos. Não tenho muitas certezas, mas dúvidas
tenho em montes. E são elas que mantém meus pés próximos ao chão. Voar é bom,
mas tem que ser com cautela. Voar alto demais e sem plano resulta em acidente.
E tem uns que machucam feio. Há que se voar sem perder o chão, e pisar sem
ignorar as asas! Já machuquei e já fui machucada, mas segui em frente, embora
os machucados fossem profundos demais.
Poucos sabem quem realmente sou. Revelo pouco, não por maldade e sim por
segurança: costumam pisar em cima de flor que vive exposta! Tenho segredos próprios.
Preciso da minha verdade íntima para sobreviver! Sou uma mulher diferente. Enfartar
numa loja de roupas? Prefiro uma livraria. As palavras me acompanham a todo
momento. Me compreendem, me revelam, me guiam. Não falo somente de livros,
música também é poesia (pelo menos as que escuto). Clarice, Francisco, Machado,
Jane, Fernando, Tom, Tati, Martha, Vinícius, Nando, Ana, Humberto, Oswaldo,
Drummond, Cecília, Renato, Caju, e tantos outros, obrigada por me transformarem
em palavras! Eu vivo de acreditar. Acredito na mudança de consciência. Podemos
ser melhores do que somos, podemos andar de mãos dadas, podemos mudar nosso
país, podemos viver plenamente! Sou apaixonada pelo mar. Acho que ele guarda
segredos meus em suas profundezas. Aprecio os detalhes, as belezas que passam
despercebidas no nosso dia a dia. O encanto vive contido nessas pequenas
coisas, e só quem está sensível a estas pode encontrá-lo! Sou teimosa. Sigo o
que acredito até o fim. Sou guerreira. Continuo na luta mesmo que as feridas
doam muito. Quero chegar no mais alto ponto de mim mesma, e essa é uma
caminhada árdua. Sou avessa a limitações. Não que eu seja uma louca sem dono,
mas não me agrada viver uma vida limitada. Não suporto a ideia de quererem
regrar meus atos e passos. Luto pelo que acredito. Se não me agrada, eu
contesto. Vou pra conversa, vou pra luta, vou pra rua! Convivo com uma saudade
imensa. Que dói, que sangra, mas que é a mesma que me fortalece para a luta. Gosto
de gente, alegria, festa e diversão, mas preciso de momentos de reclusão. Longe
de internet, celular e pessoas. Momentos de encontro comigo mesma. Momentos
onde descubro o que realmente acontece aqui dentro, nesse lugar incrível que é
minha alma, aonde a vida realmente acontece. Momentos de organizar pensamentos,
sentimentos, escolhas, rotas. Jogar fora aquilo que já não serve, reorganizar
as posições, abrir espaços para novas coisas. Preciso disso para me manter
viva, para me manter sã. Não suporto amarras. Quem quiser me manter próxima
precisa aprender a respeitar meus momentos de ‘lonjura’. Sei que é complicado,
foi até mesmo para mim. Não ando só. Levo fé, levo paz, levo amor. Quero mais,
quero longe, quero além. Daqui pra frente, essa é a ordem! Agora deixa eu ir,
vou sair por aí enfeitando a vida do meu jeito. Espalhando cores, brilhos e
confetes para intimidar qualquer céu negro que queira encobrir meu caminho,
afinal, preto e branco só é uma bela tendência para moda e fotografia!
Sobre quem sou
domingo, 15 de setembro de 2013
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Grande Francisco! ♥
domingo, 27 de maio de 2012
Como
descrever o show de Chico Buarque? Ainda me faço essa pergunta. Quando o espetáculo
chegou ao fim, comecei a pensar em palavras para descrever, mas elas me
escaparam. Quando ele subiu ao palco, foi puro êxtase. Impossível transcrever a
minha emoção. Eu só fui capaz de sorrir, aplaudir e chorar. Só a presença dele
era suficiente. Mesmo que ele não proferisse uma só letra, eu estaria
realizada. Mas ele cantou (e encantou)! As primeiras palavras que saíram de sua
boca, foram ao encontro direto do meu coração, e a alma ficou repleta de uma
beleza radiante de sensações! Ao ouvir clássicos como “Todo o Sentimento” e “Futuro
Amantes”, tornei-me toda coração. Tive a sensação de que ele, enquanto cantava,
olhava no fundo dos meus olhos, mesmo que eu estivesse á metros de distância de
sua pessoa. Ao ouvir “Sou Eu” e “A
Violeira”, dancei, mesmo que somente com a alma. Ao ouvir “Desalento” e “Bastidores”,
as lágrimas rolaram, sem freio. Ao vê-lo tão doce, tão simples e tão acanhando ao
esquecer um pedaço da letra em “Se Eu Soubesse”, me apaixonei ainda mais por
Chico. Me perguntava se era possível se apaixonar cada vez mais por uma pessoa,
e ele me trouxe a resposta: Sim! Ao admirá-lo cantando “Geni e o Zepelim”,
surgiu frente aos meus olhos, Chico ainda novo. Aquele que ali estava, de
cabelos grisalhos, com roupa preta e que trazia no rosto as marcas da passagem
do tempo, foi “substituído” por um de cabelos ainda castanhos, partido de lado,
com uma blusa branca, e um rosto mais jovem. Entretanto, duas coisas
permaneciam intactas: o talento e o belo par de olhos azuis, que me fizeram
entender verdadeiramente o termo “eterno prisioneiro do tempo”. Cantei a noite
inteira, sem restrições, como se ali só estivessem Chico e eu. Ao vê-lo se
despedir, só tive a ação de ficar em pé e aplaudi-lo. Nada de tristeza, pois,
como ele tinha acabado de cantar, todo artista tinha que partir. Ele cantava,
emocionava, deixava um pedaço seu em cada palco, mas, ao final da noite, o
corpo tinha que ir embora. Entretanto, verdadeiramente, Chico jamais diria
adeus, porque ele não é matéria, não é som, não é letra, Chico é emoção, é paixão. Não há como descrevê-lo, podemos somente guardá-lo na alma e no coração, pois esses
são os únicos lugares que o cabem. Chico é rei! E nada mais me resta a dizer..
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Sobre quando a vida "é".
terça-feira, 1 de maio de 2012
As
roupas já não vestem. Os sapatos já não cabem. As migalhas não mais satisfazem.
As coisas já não bastam. A multidão já não acolhe. Os sorrisos já não são
despertados pelas mesmas coisas de outrora. As lágrimas já brotam com mais
facilidade, ou já secaram e ficaram retidas dentro do peito, sem previsão de
liberdade. O sol já não brilha com tanta intensidade. Os passos já não são tão
largos. O coração quase não palpita. A respiração é quase inaudível. O
travesseiro é o melhor companheiro. A imagem já não é a mesma no espelho... Parece
que você foi se perdendo pela estrada, que a cada passo, pedaços seus foram
caindo, e lá ficaram, no meio do caminho, sem resgate. O que restou? É difícil
calcular. Ás vezes, você se torna distante até de si mesmo. Nada se encaixa.
Nada faz sentido. As lembranças somam-se ás incógnitas do futuro, fazendo com
que o presente se torne uma grande bagunça. O fim da estrada? Não há como percebê-lo.
Está encoberto pela névoa do enleio e do medo. Parece que não há mais saída...
E é nesse momento que a vida se transforma! Que o novo surge com suas cores e
aromas. Que uma nova imagem surge no espelho. Você não se reconhece, mas sabe
que a sua essência não mudou, que seu “eu” está ali, numa versão melhorada. Você
é mais forte, mais preparado, mais livre, mais sábio. Novas oportunidades e
sabores surgem, e o receio pode aparecer. Mas não tema. Se jogue! As melhores
coisas não podem ser explicadas, e nem precisam disso. Deixe a vida “ser”. Mais
na frente, tudo se justifica, e você, finalmente, vai entender o propósito de
todas as coisas.
"O tempo passa. O fôlego retorna.
Parece milagre, mas as sementes de cura começam a florescer
nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra flor brotaria.
A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor,
ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo.
E ele chega."
(Ana Jácomo)
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Nossa "prosa".
sábado, 3 de março de 2012
Como é gostoso quando teu cheiro fica em minha pele, me levando a recordar de nossos momentos, e fazendo com que um sorriso brote em meu rosto. Lembro de seus olhares repletos de ternura, de seus sorrisos sinceros, do teu coração precipitado. Lembro dos teus braços fortes que me aquietam, dos teus carinhos que me confortam, dos teus beijos que me envolvem. Me fizeste conhecer um ser que nunca imaginei que fizesse parte do mosaico de tua alma. Apareceste no momento exato, sem que eu aguardasse ou previsse. Como se houvesse caído de um asteroide. Um asteroide abençoado, apesar de todos os pesares. Você foi o porto em que eu necessitava atracar. O abraço que eu carecia para descansar. O agente imunizador que impediu que as dores chegassem. Você foi um presente! Tão parecidos, e tão opostos... Que peça que a vida me pregou! Ela, como sempre, com seus mistérios e suas surpresas. Pagamos para ver, e estamos aqui, caminhando como podemos, com nossos acertos e falhas, sem esperanças ou ilusões. Até quando? Esse é outro mistério, e não tenho feito esforço algum para desvenda-lo. Que o presente nos baste. E que, de nossa prosa sem ritmo, sem rimas e contagens, consigamos eternizar uma bela poesia!
"Ele apareceu tão de repente na sua vida
com aquele brilho manso no olhar, com aquela meiguice na voz,
sem pedir coisa alguma,
meio como um Pequeno Príncipe caído de um asteroide."
(Rubem Alves)
com aquele brilho manso no olhar, com aquela meiguice na voz,
sem pedir coisa alguma,
meio como um Pequeno Príncipe caído de um asteroide."
(Rubem Alves)
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Um novo ano!
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Os fogos anunciaram um novo ano. Um novo ciclo começa! Sonhos, amores, sorrisos, lágrimas, vitórias, conquistas, aprendizagens... Um novo ano para viver tudo isso, e fazer com que, cada coisa, valha á pena!
Que 2012 seja tudo o que 2011 não foi! Que ele traga surpresas, para que eu siga me encantando com a vida. Que ele traga forças, para que eu enfrente a caminhada, até o fim. Que ele traga suas agruras, para que eu não pare de crescer. Que traga amores, de todos os tipos, para adocicar os caminhos. Que traga fé, para que haja para onde correr na hora da dor, e para quem agradecer quando as bonanças chegarem. Que traga paz de espírito, para que as cargas não pesem tanto. Que traga esperança, para que, quando as coisas ficarem difíceis, eu consiga acreditar, seguir em frente, ultrapassar as barreiras, e fazer a vida do meu jeito. Que traga saúde, para que eu aproveite tudo, da melhor maneira. Que traga sabedoria, para que eu opte pelos caminhos corretos. E traga alegria, para que tudo valha a pena!
2012 chegou com grande euforia! Que esse peito que, durante o estourar dos fogos, ficou encharcado de alegria, esperança e forças, permaneça assim durante os 364 dias que virão, e que nada me faça retroceder. Esse é o ano da minha vida... e algo me diz que ele será repleto de conquistas!
"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez,
com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante, vai ser diferente."
(Carlos Drummond de Andrade)
(Carlos Drummond de Andrade)
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Entre aspas...
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Fico pensando que nem sempre sabemos recolher só encanto... Por vezes, insistimos em capturar o encantador, e então o matamos de tristeza. Amar talvez seja isso: Ficar ao lado, mas sem possuir. Viver também. Precisamos descobrir, que há um encanto nosso de cada dia que só poderá ser descoberto, à medida em que nos empenharmos em não reter a vida.Viver é exercício de desprendimento. É aventura de deixar que o tempo leve o que é dele, e que fique só o necessário para continuarmos as novas descobertas. Há uma beleza escondida nas passagens... Vida antiga que se desdobra em novidades. Coisas velhas que se revestem de frescor. Basta que retiremos os obstáculos da passagem. Deixar a vida seguir. Não há tristeza que mereça ser eterna. Nem felicidade. Talvez seja por isso que o verbo dividir nos ajude tanto no momento em que precisamos entender o sentimento da tristeza e da alegria. Eles só são suportáveis à medida em que os dividimos... E enquanto dividimos, eles passam, assim como tudo precisa passar. Não se prenda ao acontecimento que agora parece ser definitivo. O tempo está passando... Uma redenção está sendo nutrida nessa hora...
Abra os olhos. Há encantos escondidos por toda parte. Presta atenção. São miúdos, mas constantes. Olhe para a janela de sua vida e perceba o pássaro encantado na sua história. Escute o que ele canta, mas não caia na tentação de querê-lo o tempo todo só pra você. Ele só é encantado porque você não o possui. E nisto consiste a beleza desse instante: o tempo está passando, mas o encanto que você pode recolher será o suficiente para esperar até amanhã, quando o passaro encantado, quando você menos imaginar, voltar a pousar na sua janela.
Padre Fábio de Melo
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91 anos de Clarice!
sábado, 10 de dezembro de 2011
Você me encantou desde o primeiro trecho seu que li, há alguns anos atrás, foi ele “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento“. Foi como se você tivesse lido o que pulsava em meu peito ali, naquele instante, e é isso que você tem feito, até hoje, com cada frase, cada texto descoberto, que revela faces minhas, desejos, ânsias... Foi lendo você que consegui “dar asas” ao que sentia, foi quem me inspirou a escrever, e foi quem me ajudou, e vem me ajudando, a descobrir quem sou verdadeiramente, que traz á tona faces desconhecidas minhas. Quantas vezes eu não sabia exprimir o que sentia, e foi na sua escrita que encontrei o que procurava dizer? Diversas. Incontáveis. Você me ensinou que, apesar de tudo, temos que aceitar quem somos, afinal, no fim, só podemos contar com nós mesmos. Você me ensinou a respeitar minha fraqueza, para que depois eu levantasse forte, como um cavalo novo. Você me ensinou a desencanar, a deixar o barco correr, pois as coisas sempre se arranjam. Você me ensinou que o tempo é curto, que a felicidade é a coisa mais importante, e constitui uma grande responsabilidade. Você me ensinou que a coisa mais grandiosa da vida é lançar-me. Você me ensinou que a desistência não é sinal de fraqueza, e sim de respeito por mim mesma. Você me ensinou que a vida é maravilhosa! Você revelou minha profundeza, minha loucura, minha força, minha inconstância, meus pólos, minha inquietação, minha “incompletude”, minha luz, e a minha falta de encaixe, que acaba me encaixando em diversos lugares diferentes. Nós entendemos. Alguns acham que sou louca, por me espelhar em você, por admirá-la, mas quem não te ama, é porque não te entende Clarice. Para enxergar o que tuas palavras querem exprimir, é necessário, primeiramente, sentir teu eu, tua alma, essa luz clariceana que irradia, com toda essa áurea de mistério, que ultrapassou a “casca”, que parecia intocável, justamente por estares acima de todos, por conservar teu mistério, teu encanto. Você nos fascinou, apenas, como disse Drummond, e partiu no seu mistério. Conheci-te anos depois de tua matéria ter partido desse mundo, mas tua alma permanece aqui, na vida de todos os “clariceanos”, e serás imortal, afinal, não há outra coisa que possas ser. Parabéns Clarice!
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Pode não ser o que parece!
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Nem sempre são os sentimentos que mudam, ás vezes, a única coisa que muda é a forma de agir com tudo o que aconteceu. Quando a pessoa se torna grossa não significa que ela não mais se importa, pode ser que ela tenha apenas cansado de apanhar, e tenha começado a bater. Quando ela abre mão de algo, não significa que ela já não sinta, pode ser apenas que os espinhos da flor que ela segurou com tanto afinco, tenham machucado tanto a sua mão, que ela já não tenha mais suportado mantê-la fechada. Quando ela o manda embora, não significa que ela não queira mais, pode ser apenas que ela tenha cansado de sentir o corpo perto e alma tão longe, que ela optou por perder os dois. Quando ela não mais lê as cartas que você escreveu, não significa que ela queira apagar aquilo de sua vida, pode ser apenas que ela já não mais suporte tocar e não sentir, e prefere permitir que tudo fique guardado em uma caixa, trancada á sete chaves. Quando ela já não mais o procura, não significa que ela já não se importe, pode ser apenas que o amor-próprio tenha chegado, e ela, numa decisão sábia, possa ter escolhido presar por ela, já que ela lhe dedicava todo cuidado do mundo, e não recebia cuidado nenhum, e, acredite, ela precisava bem mais. Quando ela já não mais se deixa levar por suas palavras doces, não significa que ela não quer mais seguir a estrada com você, pode ser apenas que ela tenha cortado as asas, para que não houvesse como ela tirar os pés do chão, flutuar com a ilusão, e levar um grande tombo. Quando ela não mais permite que você a toque, não significa que ela não mais o deseje, pode ser apenas que ela não suporte que você toque em suas cicatrizes, que, acredite, custaram muito tempo e muita dor, para que, enfim, as feridas sarassem.
Se quiser de volta, você terá que quebrar o invólucro no qual ela se escondeu, terá que mostrar que por vocês vale a pena. Mas, por favor, não faça isso sem que seja realmente verdade, você não sabe as tortuosas estradas que ela teve que atravessar, e ela não merece passar por tudo novamente. Não esqueça... Pode ser que seu tempo não tenha se esgotado, talvez ela esteja apenas cansada de viver essa história... Que nunca muda!
"E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora
que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém...
é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados,
arrancados do seu peito,
e somente com um grande amor ela terá um novo coração,
afinal de contas, corações são para serem divididos.."
(Luís Fernando Veríssimo)
que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém...
é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados,
arrancados do seu peito,
e somente com um grande amor ela terá um novo coração,
afinal de contas, corações são para serem divididos.."
(Luís Fernando Veríssimo)
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Saudade...
domingo, 23 de outubro de 2011
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Noite fria, corpo quente ...
Coração oprimido...
Coração oprimido...
Isso tem um nome: Saudade!
A triste e opressora que faz visita, quando em vez,
Sem convites, sem permissão.
Arromba a porta, e faz morada.
A triste e opressora que faz visita, quando em vez,
Sem convites, sem permissão.
Arromba a porta, e faz morada.
Traz consigo lembranças...
A voz, o cheiro, o beijo...
E as palavras sussurradas no encostar dos lábios.
A gigante vontade de encaixar-me na anatomia perfeita dos braços teus,
E descansar,
Em minha fortaleza, e abrigo!
Não há como explicar,
Só quem sente sabe quão amargo é o desespero de querer o amado perto,
Quando este está separado pelas tristes estradas da vida,
A voz, o cheiro, o beijo...
E as palavras sussurradas no encostar dos lábios.
A gigante vontade de encaixar-me na anatomia perfeita dos braços teus,
E descansar,
Em minha fortaleza, e abrigo!
Não há como explicar,
Só quem sente sabe quão amargo é o desespero de querer o amado perto,
Quando este está separado pelas tristes estradas da vida,
Pelo orgulho, ou pelo medo...
Seja lá o que for...
Não importa,
Só sabe-se que dói...
Dói sem remédio, e sem cura!
Seja lá o que for...
Não importa,
Só sabe-se que dói...
Dói sem remédio, e sem cura!
"Se fosse só sentir saudade,
mas tem sempre algo mais...
seja como for,
é uma dor que dói no peito...”
(Renato Russo)
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15 anos sem Renato Russo!
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Obrigado Renato Manfredini Júnior...
Por - pelo menos ter tentado - nos ensinar que é preciso amar como se não houvesse amanhã, e que a felicidade mora aqui, com a gente, até a segunda ordem. Que quando se aprende a amar, o mundo passa a ser nosso. Por nos ensinar que é a verdade que assombra, o descaso que condena e a estupidez que destrói; que disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza, e quando se tem coragem, tem bondade. Por sempre, sempre, falar que não devemos deixar que nos digam que não vale a pena acreditar no sonho que nós temos. Por nos ensinar, também, que se quisermos alguém em quem confiar, devemos confiar em nós mesmos. Por entender nossa carência, nossa procura por alguém que um dia possa nos dizer que quer ficar só conosco. Por nos entender quando dizemos que se o mundo é parecido com o que vemos, preferimos acreditar no mundo do nosso jeito; por insistir que se entregar é uma bobagem e que o vento leva sempre tudo embora. Por nos ensinar que, mesmo que sejamos diferentes, no fundo todos somos iguais. Por nos mostrar que o sol nasce para todos, e que o tempo é aquilo que mais dizemos usar, mas não temos tempo nem para nós mesmos. Mas temos uma chance ainda. (...) Medo? NÃO TEMOS, muito menos do escuro, mas deixe as luzes acesas. E obrigado, por falar, inúmeras vezes, que os sonhos vêm e que os sonhos vão e que o resto é imperfeito. E, acima de tudo, por nos ensinar, sempre, em qualquer frase, de qualquer musica, que quando tudo está perdido, sempre existe uma luz! E nos fazer acreditar que, ao menos uma vez, o mais simples pode ser visto como o mais importante. Por nos ensinar a vencer os obstáculos, afinal, tudo está perdido, mas existem possibilidades. Ah, e que apenas começamos... e o mundo começa agora! Entender, que, quem fala demais quase sempre não tem nada a dizer. E por nos deixar malucos, porque é só você que tem a cura para esse nosso vício de insistir nessa saudade que sentimos de você.
"Nunca chore diante das pessoas que não entendem o significado de suas lágrimas porque amar é uma arte mais nem todo mundo é artista." Renato Russo
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