Além do horizonte..

sexta-feira, 30 de julho de 2010






 Além do horizonte eu sei que existe um lugar onde os sonhos roubados foram parar. 
 Um lugar onde os desejos, que nos obrigaram a abrir mão, aguardam seu tempo de RENASCER. 
 Um lugar onde não há condenação, onde não há opinião alheia para interferir nos planos. 
 Um lugar onde a alegria faz morada, onde a liberdade é bem mais que uma mísera esperança. 
 Eu sei que existe! Eu posso ver! 
 Lá no final há uma luz que brilha forte, há um arco-íris que me traz esperanças, há ondas de alegria  que me envolverão
 Podem me chamar de louca, mas ainda sou parte do grupo que acredita que a vida vale a pena e que a felicidade é sim uma certeza. 
 Risos, alegria e mil palhaços no salão. 
Eu posso ver! 
 Além do horizonte...

"Lá nesse lugar o amanhecer é lindo,

com flores festejando mais um dia que vem vindo. "
( Jota Quest)

Entre aspas...

terça-feira, 27 de julho de 2010


  
  O rouge virou blush, o pó-de-arroz virou pó-compacto, o brilho virou gloss. O rímel virou máscara incolor, a Lycra virou stretch, Anabela virou plataforma. O corpete virou porta-seios, que virou sutiã que virou lib, que virou silicone. A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento. A escova virou chapinha, "Problemas de moça" viraram TPM, confete virou MM. A crise de nervos virou estresse, a chita virou viscose, a purpurina virou gliter, a brilhantina virou mousse. Os halteres viraram bomba, a ergométrica virou spinning, a tanga virou fio dental, e o fio dental virou anti-séptico bucal. Ninguém mais vê... Ping-Pong virou Babaloo, o a-la-carte virou self-service. A tristeza, depressão. O espaguete virou Miojo pronto, a paquera virou pegação, a gafieira virou dança de salão. O que era praça virou shopping, a areia virou ringue, a caneta virou teclado, o long play virou CD. A fita de vídeo é DVD, o CD já é MP3, é um filho onde éramos seis. O álbum de fotos agora é mostrado por email, o namoro agora é virtual, a cantada virou torpedo e do "não" não se tem medo. O break virou street, o samba, pagode, o carnaval de rua virou Sapucaí, o folclore brasileiro, halloween, o piano agora é teclado, também. O forró de sanfona ficou eletrônico, fortificante não é mais Biotônico, bicicleta virou Bis, polícia e ladrão virou counter strike. Folhetins são novelas de TV, fauna e flora a desaparecer, Lobato virou Paulo Coelho, Caetano virou um chato... Chico sumiu da FM e TV, Baby se converteu, RPM desapareceu, Elis ressuscitou em Maria Rita? Gal virou fênix. Raul e Renato, Cássia e Cazuza, Lennon e Elvis, todos anjos agora só tocam lira... A AIDS virou gripe, a bala antes encontrada agora é perdida, a violência está coisa maldita! A maconha é calmante, o professor é agora o facilitador, as lições já não importam mais A guerra superou a paz e a sociedade ficou incapaz...


... DE TUDO

Inclusive de notar essas diferenças.
(Luís Fernando Veríssimo)

-




Ele não estava mais ali,
e esse fato lhe causava uma grande dor.
Tudo parecia um horizonte bem além.
O que antes era doce, agora amargava em sua boca,
e misturava-se ao salgado das lágrimas,
que rolavam por sua face.
O que fora uma realidade,
se tornara um sonho (ou um pesadelo).
A saudade insistia em oprimir aquele velho coração...
E o conto de fadas estava , mais uma vez, invertido!


Vôo da renovação!

quinta-feira, 22 de julho de 2010




Estou renovada!
Passei por uma grande transformação, como a águia,
que necessita se resguardar e arrancar as unhas, o bico e as penas,
para que viva por mais alguns anos.
Me resguardei e arranquei de mim tudo o que me fazia mal.
Me libertei das mágoas, das ilusões e das cobranças.
Lancei fora o que me prendia, o que ansiava calar a minha voz,
e me impedir de viver como desejo.
Estou aqui, passei pelo deserto mas sobrevivi,
e encontro-me pronta para alçar o vôo da renovação.
QUE PRAZER!
Desse gostinho de liberdade, não abrirei mão nunca.
Sou uma nova pessoa,
pronta para o que vier ao virar a próxima a esquina.


" Alçar um vôo livre, se lançar no mar azul do vento, velejar. (...)
  é como uma ave que começa a se soltar, quando o coração aprende
  e toma de assalto a direção, dispara de tanta felicidade, 
respira a liberdade que desponta como o sol. "  

( Roupa Nova )

Mudanças!

domingo, 18 de julho de 2010

[  parte 1 ]


O telefone tocou ...
eu atendi.

  Era você! Como sempre me dizendo coisas que me faziam crer que realmente gostava de mim, fazendo minha cabeça girar a mil por hora, ao tentar descobrir tudo o que passa em sua mente. Você veio e fez meu coração se encher de esperanças, a recomeçar a cantar a canção do amor. Me fez promessas, declarações, juras, carinhos. me beijou, me fez viajar às galáxias, me fez esquecer de tudo que ocorria detrás daquela porta. Me fez “feliz”.

Depois de um tempo... 

  Você cansou da brincadeira, e me jogou na cara palavras com poder de destruição, que me fizeram chorar de dor. Olhei para o chão e vi os pedaços do meu coração, que faziam um caminho até a porta, aquela mesma que você bateu na minha cara e por onde se foi sem olhar para trás, sem ao menos se importar com o que eu sentia. E eu fiquei ali, naquele quarto sem saber o que fazer de mim. Sem saber o que dizer para o resto daquela garota que creu que seu amor era de verdade, e que insistiu em continuar a esperar que você voltasse. 

O tempo passou...


Mudanças!

[ parte2 ]



O telefone tocou novamente...
não atendi.

  Agora, quem cansou fui EU. Cansei de suas mentiras sórdidas. Cansei de brincar de teatro. Cansei de mendigar as migalhas do seu amor. Cansei de correr a sua procura e ficar só, no meio da estrada. Cansei de ver você se divertindo, enquanto fico aqui, no meu casulo, sofrendo! CANSEI! Não vou ficar a minha vida inteira te esperando, me agarrando à esperança de um 'talvez' para sobreviver. Não vou mais inventar você para mim. Meu coração está cheio de remendos, de feridas... mas elas cicatrizarão! Vai doer, mas vai ser bem melhor assim!

  Agora se contente com a caixa postal, que eu não mais lerei, e nem ouvirei com compulsão, na esperança de uma mensagem sua. Ou se contente com o 'tu-tu-tu-tu' do telefone.
 
Vou retomar meu vôo por detrás dos destroços.
Chegou a MINHA vez de ser feliz!  

Entre aspas...

sexta-feira, 16 de julho de 2010





" Não sabiam viver um instante sequer um sem o outro, ou sem pensar um no outro, e o sabiam cada vez menos à medida que recrudescia a velhice. Nem ele nem ela podiam dizer se essa servidão recíproca se fundava no amor ou na comodidade, mas nunca se haviam feito a pergunta com a mão no peito, porque ambos tinham sempre preferido ignorar a resposta”

Gabriel Garcia Marquez , em Amor nos tempos de Cólera .

Amar não mata!


  

  Depois daquela noite, do jantar sob a luz da lua, nunca mais se encontraram.
  Entretanto, mesmo após o fim do jogo, as cartas ainda se encontravam sobre a mesa. A taça ainda estava meio cheia. Durante todos esses anos, somente uma reticências se colocara após o último ato. Verdadeiramente, nenhum dos dois quis pôr um ponto final. 
  Um sentimento ainda insiste em pulsar dentro do peito daqueles, que hoje, são quase pessoas da meia idade. Mesmo após tanto anos, ainda se amam com o mesmo amor de sua juventude. Ainda choram ao deitar na cama e sentir a solidão assolar o peito, ao lembrar de toda aquela felicidade que um dia fez morada entre eles. Ainda anseiam por ouvir um do outro, uma simples frase, que excluirá de vez essa reticências, que dará continuidade à linda história. Mas algo os impede.
  Eles ainda teimam em permitir que o medo os roube a voz, os impedindo de proferir o que realmente sentem. Ainda insistem em fazer vãs tentativas de esquecer um ao outro. Tentam seguir em frente, mesmo tal façanha sendo impossível, visto que seus corações se encontram incompletos. E mesmo sabendo qual a única forma de mudar isso, continuam a querer estar cegos.
  E infelizmente ficarão dessa mesma forma até que percebam que não há amor impossível, há somente pessoas incapazes de lançar o medo fora, e ir atrás de sua felicidade, onde quer que ela esteja. Pessoas incapazes de deixar a voz do coração falar mais alto, e amar intensamente, pois de amor é que não se morre.


"Quando sentir a alma esvoaçar pelo corpo em busca de uma saída, 
quando o coração cavalgar em sua garganta afogando-o de alegria, 
quando a certeza de estar vivo e de ser especial o invadir, 
é que você encontrou o amor." 
Ángela Becerra.



Não posso evitar.

quinta-feira, 8 de julho de 2010



  Hoje passei em frente aquela praça que costumávamos frequentar, e que foi palco da nossa felicidade. Lembrei dos momentos que juntos passamos, dos carinhos que trocamos. Olhei pro banco, aquele onde sempre sentávamos, mas hoje, em nosso lugar, estava outro casal. Como estavam felizes... Como, também, fomos felizes!
  Mas tudo isso foi antes ...
  Antes de um terremoto assolar nosso amor. Antes dele vir, com toda a sua fúria, e resumir nosso sentimento à restos de uma construção, reduzir à pó. Antes da de-vas-ta-ção!
  Ainda estou aqui, em meio aos escombros, tentando achar alguma forma de salvar esse sentimento. Minha força vem de dentro desse meu coração, que insiste em pulsar por você, e me dizer que ainda há esperança. Encontra-se, recolhido entre minhas mãos, o pó que estava no chão, mas 
                                           
                              ele        es
                                               tá    in
                                                  do
                                                   e
                                                  m
                                                  b
                                                  o
                                                  r
                                                 a.

                     

  Desculpe, mas NÃO POSSO evitar que o vento o leve, não tenho a mínima condição de reter o que restou desse sentimento sozinha.

Músicas que adoro!

quarta-feira, 7 de julho de 2010


  

  Entre tantas músicas que amo do Cazuza, estão “Codinome Beija-Flor” e “O Mundo é um Moinho”.

- O Mundo é um Moinho.


Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.

Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés


- Codinome Beija-Flor



Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarinho, flor em flor
Entre
os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor (nunca)
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor.